Próximos eventos.
Ensino de Ciências, História, Política e Cultura
Estamos utilizando múltiplas ferramentas para tornar a educação cada vez mais interativa. Esperamos que vocês "curtam" nosso trabalho e que possamos contribuir, juntos, para o mundo do conhecimento. Patrícia e Lúcio Nascimento
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Feira de Oportunidades de Turismo e Hotelaria!
Gostaríamos de informar que no dia 26 de setembro realizaremos a primeira edição da Feira de Oportunidades de Turismo e Hotelaria!
O objetivo da Feira é estreitar o relacionamento com o mercado e colocar nossos alunos em contato com os empregadores da área. Teremos estandes com Hotéis e empresas de Turismo recolhendo currículos, fazendo entrevistas, apresentando as oportunidades de trabalho.
O Evento acontecerá na Unidade Copacabana, das 9h às 19hs e contará com palestras de profissionais do mercado e pequenas palestras dos expositores que irão apresentar suas empresas e as oportunidades. Estamos fechando o cronograma e tão logo tenhamos todas as palestras e horários enviaremos para que possam fazer uma melhor divulgação, incluindo o e-mail marketing para que possam divulgar não só no Senac Rio, mas em outras instituições, pois será uma feira aberta a todos.
Precisamos da ajuda de vocês não só na divulgação junto a nossos alunos, mas também incentivando-os a participar da Feira, levando seus currículos, com dicas de como eles devem se vestir e se portar durante a Feira. Vocês que estão em contato com eles, que servem como exemplo de profissionais bem sucedidos, com certeza tem muito mais força que um e-mail marketing!
Contamos com vocês para o sucesso da primeira de muitas Feiras de Oportunidades de Turismo e Hotelaria que realizaremos!
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
DIALOGANDO SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ECONOMIA VERDE
As ideias de Desenvolvimento
Sustentável surgiram no século XIX nos Estados Unidos em torno da questão da
criação dos parques nacionais. Contudo, apenas nos anos 1960 com a publicação
do livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson é que a
questão ambiental passou a ser vista como uma questão a ser discutida
globalmente. Contudo, se olharmos apenas para a questão ambiental não iremos
compreendê-la. O mundo do pós-1945 estava vivendo muitas transformações que nos
ajudam a compreender a elaboração do conceito de Desenvolvimento Sustentável. Veremos apenas alguns destes indícios.
Terminada
a Guerra Total[1] (1914-1945)
o mundo Ocidental precisa se reorganizar e, em especial, a Europa Ocidental, se
reconstruir. Nos primeiros anos após a guerra, se iniciou um conjunto de ações,
em diferentes partes do mundo, que marcam um novo posicionamento dos povos
frente a si mesmo e aos outros. Dentre estes eventos destacamos: (1) a
descolonização africana e asiática; (2) a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (1948); (3) os movimentos feministas e por direitos civis nos Estados
Unidos dos anos 1950/60/70 são alguns dos exemplos de ações que demonstram a
transformação na forma de ser humano se ver e olhar para o outro. Contudo,
quanto olhamos para a construção do conceito de desenvolvimento sustentável
temos que olhar também para outros eventos.
Tal conceito,
Desenvolvimento Sustentável, foi cunhado por Gro Harlem Brundtland, então
primeira-ministra da Noruega, no relatório intitulado “Nosso Futuro Comum”
(1987), que ficaria conhecido como Relatório de Brundtland. Este relatório
visava consolidar as propostas realizadas na Conferência de Estocolmo, em 1972[2], e
assim colocava o conceito de Desenvolvimento Sustentável:
O desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem ás suas
necessidades. O conceito de
“necessidades”, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres no mundo, que
devem receber a máxima prioridade. A noção das limitações que o estagio da
tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de
atender as necessidades presentes e futuras
(apud. GIANSANTI: 1998).
O que muitas
vezes esquecemos é que tal conceito fora forjado entre as décadas de 1970/1980,
ou seja, momento em que o mundo passava por uma reorganização na forma de
pensar o capitalismo em âmbito global. Na década de 1970, a Crise do Petróleo
(1973) e a Crise dos Juros nos EUA (1979), afetaram diretamente a economia mundial
em especial, das grandes potências na Europa ocidental e os Estados Unidos.
Este momento foi tão crucial para a economia internacional que surgiu nos
Estados Unidos uma nova maneira de pensar o mundo de então, tantos em termos
políticos como econômicos: o Neoliberalismo e a Globalização. O neoliberalismo
como forma de pensar as relações econômicas capitalistas e a globalização como
novo discurso hegemônico, fazem como que as práticas do Welford State (Estado do bem estar Social) fossem abandonadas em
prol de outras baseadas nas trocas globais e questões globais. Neste sentido,
pensar o desenvolvimento sustentável como um novo paradigma a ser seguido pode
ser compreendido como o momento em que o mundo estava se reorganizando em
termos mundiais. Cabe ressaltar, que foi justamente nos anos 1970/1980, após a
Crise do Petróleo (1973) que se iniciaram as discussões sobre Eficiência Energética.
A maior parte
das críticas ao conceito de Desenvolvimento
Sustentável vem do fato de unirem-se dois termos que aparentemente são
opostos, vejamos. O conceito de (I) Desenvolvimento Econômico leva em conta a
posse de bens materiais e o aumento do consumo. O conceito de (II)
sustentabilidade liga-se as ciências naturais, em especial as biológicas, e
trata do equilíbrio do ecossistema. Neste ponto que surgem as críticas: como um
sistema baseado no consumo pode buscar o equilíbrio produtivo, social,
econômico e ou ambiental? Justamente por trazer embutido em si a idéia de
progresso, conforme pensada no final do século XIX e início do Século XX, que o
conceito de desenvolvimento sustentável recebe tantas críticas[3].
Outro conceito formulado
dentro desta questão foi o de Sociedade
Sustentável. Uma sociedade sustentável seria aquela que conseguiria satisfazer
suas necessidades sem comprometer as necessidades futuras. Neste ponto, entra
também as seguintes questões: O que é necessidade? Como medi-la? Como
Mensurá-la? Assim, mais uma vez as críticas aos conceitos forjados nos leva a
perceber que as ações não são ainda pensadas para todas as pessoas, mas que
existiriam pessoas a serem adequadas e outras que seriam excluídas. Conforme
nos lembra a professora de história da universidade federal Fluminense Virgínia
Fontes, no sistema capitalista o excluído
é uma categoria social importante, pois sem ele o sistema não existiria conforme
preconizado (FONTES: 1996).
Neste ano de 2012, em
especial no mês de junho, que se realiza no rio de Janeiro a Rio+20, ou seja, a
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, pensar o conceito
de Desenvolvimento sustentável nos remete a lembrar que a tônica do momento não
é mais este conceito, mais o que de Sustentabilidade.
Esta é definida como uma ação sistêmica que visa configurar a ação humana de
tal forma a ser satisfeita as necessidades presentes e futuras, além de
preservar a biodiversidade e ecossistemas.
Na Conferencia “Rio+20”, o
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente define “Economia verde como:
A
economia que resulta em MELHORIA DO BEM ESTAR DA HUMANIDADE e IGUALDADE SOCIAL,
AO MESMO TEMPO QUE REDUZ SIGNIFICATIVAMENTE RISCOS AMBIENTAIS E ESCASSEZ
ECOLÓGICA. [...] O conceito de ECONOMIA
VERDE não substitui DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, mas hoje em dia existe
o reconhecimento de que a realização da SUSTENTABILIDADE se baseia quase
inteiramente na obtenção do modelo certo de economia (PNUMA 2011).
Na atualidade,
então, não há como pensar Desenvolvimento Sustentável sem olhar para o conceito
de Sustentabilidade, além de se discutir se há a possibilidade de se buscar uma
Economia Verde. Porém, as práticas econômicas são muito mais velozes que a
busca conceitual, o que percebemos na prática. Enquanto não se chega a um
consenso do que seja Economia Verde, o Capitalismo já encontrou uma nova
possibilidade de se reinventar. Como preconiza alguns cientistas, preservar é
economicamente mais viável que destruir. Assim, no âmbito econômico
percebemos algumas ações que o próprio
setor privado e a sociedade já encontraram para mensurar a questão da
sustentabilidade: o selo verde.
Criada em 1993,
ou seja, um ano depois da Conferencia das nações Unidas conhecida como “Rio
92”, a família ISO 14000 vem trazendo métodos de gerenciamento empresarial que preservem
o Meio Ambiente. Assim, algumas empresas que querem ganhar a simpatia e o
consumidor ligado as questões ambientais já esta buscando se inserir dentro
desta normatização para alcançar também este público. Percebe-se este movimento
também no que se refere ao selo Procel[4], onde várias companhias
fabricantes de eletrodomésticos buscam obtê-lo. Por fim, o mercado de carbono
tem caba vez mais ganhado força internacionalmente como uma forma de combater
os problemas do Aquecimento Global, ou seja, caso um país tenha conseguido
ficar a baixo da meta de emissão de carbono pode vender essa porcentagem de emissão
de carbono para outro que não conseguiu atingir a meta. Neste sentido, o sistema
capitalista encontrou por ele mesmo uma forma de se apropriar da discussão
sobre Meio ambiente e os problemas que ele causa. Mas o capitalismo encontrou
as soluções sozinho? Não, o fez através de pessoas que tem interesses e
necessidades a serem satisfeitas.
Em suma, para pensarmos o
Desenvolvimento Sustentável, a Sustentabilidade e/ou a Economia Verde não
podemos esquecer que estamos inseridos em um sistema econômico em que o consumo
e produção precisam ser sempre crescentes para que ele continue existindo; que
as pessoas que nele estão inseridos têm necessidades diferentes que querem
satisfazer; e que pensar em uma mudança na forma como alteramos a natureza
passa também por mudar a forma como nos vemos no mundo, ou seja, temos que nos
posicionar acerca de uma questão que, na prática, ainda não foi respondida:
somos usuários do mundo ou parte dele? É através deste posicionamento que
poderemos mudar a nossa forma de se relacionar com a natureza e com as pessoas.
Bibliografia
BOURDIEU, P. Sobre
Televisão. Rio de Janeiro: Jorje Zahar, 1997.
BRITTO-PERREIRA, M. C.
de. “Desenvolvimento e meio ambiente - O todo é maior que a soma das partes.” Plurais
vol. 1 (2005): p. 265-272.
FONTES, V.
“Capitalismo, Exclusões e Inclusão forçada.” Tempo Vol. 02, nº 03
(1996): p. 34-58.
GIANSANTI, R. O
desafio do desenvolvimento sustentável. são paulo: saraiva, 1998.
HOBSBAWM, E. J. Era
dos extremos. São paulo: Companhia das Letras, 2004.
PNUMA. Relatório
Economia Verde – Síntese para Tomadores de Decisão. Rio de Janeiro: ONU,
2011.
[1] Para
saber mais sobre o conceito de Guerra Total e seus desdobramentos conferir:
HOBSBAWN, E. J. A Era dos extremos.
São Paulo: Cia das Letras, 2004.
[2] Temos
que recordar que a conferencia de Estocolmo (1972) foi o primeiro grande debate
global sobre o Meio Ambiente organizado pelo ONU (Organização das Nações
Unidas).
[3] Cf.:
BRITTO-PERREIRA: 2005.
[4] Selo que
é dado aos eletrodomésticos que alcançam maior eficiência no consumo de energia.
Para saber mais acesse: http://www.eletrobras.com/elb/main.asp?TeamID={95F19022-F8BB-4991-862A-1C116F13AB71};
acessado em 18 de junho de 2012.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
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